Recorde histórico de contratos permanentes na Marina Alta durante o mês de fevereiro Recorde histórico de contratos permanentes na Marina Alta durante o mês de fevereiro
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Recorde histórico de contratos permanentes na Marina Alta durante o mês de fevereiro

14 Março 2022 - 12: 42

O mês de fevereiro segue em trajetória de recuperação, e a reforma trabalhista parece ser perceptível com uma melhora mais do que evidente na qualidade das novas contratações na Marina Alta, segundo os dados analisados ​​pelo Observatório Marina Alta do CREAMA. A Previdência Social aumentou em 793 filiados em fevereiro. Este é um comportamento normal do emprego para um mês de fevereiro, mas o que tem sido excecional é a notável melhoria das contratações por tempo indeterminado que se tem registado, quase 37% das novas contratações durante o mês de fevereiro foram por tempo indeterminado, o que significa triplicar a média histórica deste tipo de contrato. Assim, pelo segundo mês consecutivo, desde que a reforma trabalhista entrou em vigor, aumentou a assinatura de contratos permanentes.

O número de filiados da Segurança Social em fevereiro aumentou 793 pessoas, atingindo 55.716 filiados, o que se traduz num aumento de 1,44%. Isso representa um comportamento relativamente típico no que havia sido os fevereiros dos anos anteriores à crise, com exceção de fevereiro de 2021, ano muito afetado pela pandemia, mas se compararmos esse aumento de filiados durante este mês com os fevereiros anteriores a pandemia, descobrimos que temos que voltar a fevereiro de 2016 para ver um fevereiro pior do que este ano.

Neste mês, porém, reflecte-se um aumento das matrículas em termos homólogos de 8,78%, +4.496 pessoas, pelo que se verificou um crescimento significativo do emprego.
Com este crescimento anual de cerca de 9%, o que se observa é que assistimos a uma aceleração do crescimento homólogo do emprego durante vários meses consecutivos, o que é uma boa notícia, mas esta tendência poderá inverter-se e uma redução o aumento do emprego será observado. o número de filiados em relação ao ano anterior, pois ainda estamos comparando o número de filiados de fevereiro de 2022 com relação a fevereiro de 21, comparado a um momento em que a crise ainda afetava profundamente o economia e, portanto, o mercado de trabalho. Ao longo de 2021, assistiu-se a uma recuperação progressiva em muitos dos setores do emprego, pelo que, quando se comparam homólogas, à medida que 2022 se aprofunda, pode esperar-se uma moderação do número positivo de filiados.

Por regimes de atividade, destaca-se o aumento generalizado do emprego, com exceção do Regime Especial do Mar, que reduziu o número de filiados face a janeiro em 7,68% (total de 1.118 filiados, -93). Em termos percentuais, o Regime Agrário Especial é o que mais cresce, com 3,01%, seguido do Regime Geral, com 2,23%. Em termos homólogos (face a fevereiro de 2021), o Regime Agrário Especial é o que apresenta a maior queda, com -12,73% (-55 filiados) e, pelo contrário, o Regime Geral cresceu 12,61 % (+4.019 afiliados).

Quanto ao número de desempregados, houve um decréscimo de 180 pessoas em relação a janeiro. Esta queda do desemprego de 1,66% é comum nos meses de fevereiro dos anos anteriores ao início da pandemia, mas o que é positivamente notável é que esta diminuição coloca o número de candidatos a emprego em 10.687 pessoas, o valor mais baixo em um mês de fevereiro da série histórica e ainda mais com uma queda muito notável no último ano, cai 27,90% em relação a fevereiro de 2021 (-4.135 pessoas).

A composição dos desempregados por sexo está representada como tem acontecido nos últimos meses, onde o peso dos homens desempregados é de 41,17% (4.400), contra 58,83% das mulheres (6.287). A diminuição de procura de emprego no último mês foi de 3,19% para os homens (-145 homens), enquanto para as mulheres caiu apenas 0,55% (-35 mulheres). Da mesma forma, se compararmos com fevereiro de 2021, este decréscimo homólogo foi mais acentuado no caso dos homens (-32,57% nos homens face a -24,23% nas mulheres).

Se analisarmos o desemprego por setores produtivos, o setor Indústria diminui em 4,03% o número de candidatos a emprego (476 candidatos a emprego, -20 pessoas). Em termos relativos, segue-se a Construção e os Serviços com um decréscimo de 3,10% e 1,38% respetivamente (1.124 e 8.428 desempregados). O setor da Agricultura é o único onde o número de candidatos a emprego aumenta (+2,82%, 219 pessoas).

Se compararmos os números deste mês de fevereiro com fevereiro de 2021, as variações homólogas são mais favoráveis, uma vez que estes 4.135 menos candidatos a emprego traduzem-se na maior queda de desempregados num ano da série histórica (-27,90%) . Assim, os setores de atividade com maior queda percentual de desempregados no último ano são a Construção (-27,76% e menos 432 pessoas) e os Serviços (-27,38% e menos 3.177 pessoas).

Se detalharmos a análise por segmentos de atividade económica e focarmos nas atividades com maior peso na região, verificamos que a Hotelaria diminuiu 144 pessoas (-5,19%), a Construção diminuiu o número de desempregados em 36 pessoas (- 3,10%) e o Comércio, no entanto, aumentou em 25 pessoas (+1,39%). Essas variações tornam-se mais dinâmicas se comparadas com o mês de fevereiro do ano passado: o setor hoteleiro diminuiu em 39,86% a procura de emprego, o comércio -24,39% e a construção -27,76%.

Através do cálculo da taxa de desemprego, na Marina Alta, observa-se que praticamente permanece a mesma, diminui menos de meio ponto em relação a janeiro, atingindo uma taxa de desemprego estimada de 16,09%.

Como análise global da crise, podemos destacar se nos compararmos com fevereiro de 2020, último mês antes do início da crise e apenas dois anos depois, temos um aumento de 2.005 membros, temos mais emprego do que tinha em 2020, com a nuance das pessoas ainda abrangidas pela ERTE. Em relação ao desemprego, se compararmos com fevereiro de 20, há 301 desempregados a menos.

Em termos de contratações, verificamos que no mês de fevereiro ela cresceu 4,39% em relação a janeiro. Foram celebrados 3.183 contratos, dos quais 63,31% temporários e 36,69% ​​indefinidos, valor que continua a aumentar face ao mês anterior no caso dos contratos por tempo indeterminado (+285) e diminui na contratação temporária (-151). valor é alto para um mês de fevereiro. Como esperado, supera o do ano passado em 81,78% (+1.432), mas o que importa é destacar o novo recorde de contratação em um mês de fevereiro, e destacamos que os novos contratos permanentes durante este mês superam os mil. A assinatura de 1.168 contratos por prazo indeterminado neste mês representa o maior número alcançado em um mês de fevereiro na série histórica. Assim, pelo segundo mês consecutivo desde a entrada em vigor da reforma trabalhista, aumentou a assinatura de contratos permanentes. A modalidade de contratação temporária deverá desaparecer em 1º de abril, já que a reforma trabalhista a elimina para tentar combater o excesso de emprego temporário no mercado de trabalho. Assim, embora as novas medidas contratuais ainda não tenham entrado em vigor - entrarão em vigor em abril - as empresas estariam antecipando seus efeitos.

As diferenças podem ser observadas na variação das contratações por sexo em relação ao mês anterior, assim a contratação de mulheres aumentou 5,40% em relação a janeiro e 3,49% para os homens. O número de contratos assinados durante o mês de janeiro foi a favor dos homens em 52,18% e 47,82% para as mulheres. Além de destacar que em relação a fevereiro/21, o crescimento das contratações foi mais intenso no caso das mulheres (+93,64% para as mulheres e +72,12% para os homens).

Teremos que esperar até o próximo mês de março para ver como evolui o mercado de trabalho, onde aos poucos essa evolução favorável do emprego será desacelerada, fundamentalmente porque as comparações com relação a 2021 estiveram até agora sob o efeito mais notável da crise e progressivamente em 2021 assistiu-se a uma grande recuperação no mercado de trabalho, pelo que nos próximos meses os meses de 2022 serão comparados com os dados de 2021, onde arrastaram uma forte recuperação, que irá moderar o crescimento. A isto junta-se uma inflação na Comunidade Valenciana que disparou para 7,8% em fevereiro, o valor mais alto dos últimos 20 anos, devido ao aumento dos preços da eletricidade e do aumento dos preços do gasóleo e dos combustíveis, e isso é sempre mau novidades para o mercado de trabalho. A isso deve ser adicionado como a atual guerra na Ucrânia afetará externamente com suas implicações negativas para a economia, dependendo de como ela continua ao longo do tempo.

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