Luisina Daives (Psicóloga): Cuidado com telas inofensivas Luisina Daives (Psicóloga): Cuidado com telas inofensivas
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Luisina Daives (Psicóloga): Cuidado com telas inofensivas

Janeiro 29 da 2022 - 07: 00

Vivemos tempos em que “a nova linguagem” pela qual nos comunicamos anda de mãos dadas com uma tela: redes sociais, YouTube, plataformas tecnológicas de mensagens etc. ou seja, sempre uma tela na nossa frente.

A isso devemos acrescentar que o lazer também acontece, jogando, alternando, assistindo ou sempre aproveitando o que uma tela nos dá ou transmite. Então, quanto tempo dedicamos ou investimos na frente de qualquer tipo de dispositivo ou nova tecnologia? Por quanto tempo olhamos para uma tela sem procurar nada especificamente? e no final escorregamos o dedo sem obter nenhum rendimento ou benefício pessoal.

Essa é a realidade, passamos muitas horas olhando imagens, mensagens, vídeos, que depois não têm impacto em nada que possa nos melhorar como pessoas, ou enriquecer nosso mundo interior, familiar, social, de trabalho ou profissional de alguma forma. Ou, ao contrário, que o tempo que investimos também pode ajudar ou beneficiar outra pessoa, pois o ser humano é eminentemente social, e o contato, como o afeto, nos trará muita alegria.

Pelo contrário, o que fortalecemos continuando com isso será uma atividade vazia, repetitiva, que se consolida como um hábito que não precisamos de forma alguma; e isso nos impede de fazer qualquer outra coisa como ler no papel, calçar os sapatos e sair para passear, conhecer alguém e tomar um café para conversar, arrumar alguma coisa dentro de casa, fazer uma receita ou simplesmente respirar conscientemente. Sugiro que você pense no tempo que passa “olhando para uma tela”, e estabeleça limites claros de quanto tem que ser e quanto não pode, já é demais.

Não podemos esquecer que os pequenos em casa também farão o que vêem os adultos fazendo, e isso nos compromete a ter um comportamento maduro e saudável. Estamos a tempo de melhorar os costumes que estamos a estabelecer como normais e que não nos ajudam a sentir-nos plenos e satisfeitos com cada um.

Luísa Daives.
Psicólogo da saúde CV-10293
Mestre em toxicodependência

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