Desemprego cai para níveis históricos na Marina Alta Desemprego cai para níveis históricos na Marina Alta
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Desemprego cai para níveis históricos na Marina Alta

Fevereiro 15 da 2022 - 12: 14

O comportamento do mercado de trabalho durante o mês de janeiro foi positivo, uma vez que seus números melhoraram naquele mês em relação aos anos anteriores. Apesar de sazonalmente ser o pior mês do ano, já que o emprego sofre após a
final da campanha de Natal com queda de matrículas em relação ao mês passado, registrou-se o melhor desempenho dos últimos cinco anos.

O mês de janeiro é sempre caracterizado por más notícias para o mercado de trabalho, que se materializam em diminuições de filiação e aumentos de desemprego, e neste mês tivemos um comportamento inusitado em termos de sinal e intensidade das variáveis, pois há a maior queda no número de desempregados em um mês de janeiro na série histórica e uma das menores quedas de pessoas filiadas.

Imagem: Afiliações em janeiro de 2022

El número de filiados à Segurança Social em janeiro, diminuiu 342 pessoas, chegando a 54.923 afiliados, o que se traduz em um decréscimo de 0,62%. Este signo negativo corresponde a un mes de enero normal, destacando que este descenso ha sido mejor que el de los 5 años anteriores, por tanto, en términos de afiliación estamos ante un comportamiento global que no es distinto que el que cabría esperar de cualquier otro mês de janeiro.

Este mês, no entanto, reflecte um aumento das matrículas em termos homólogos de 7,33%, +3.753 pessoas, pelo que se verificou um crescimento significativo do emprego.

Com este crescimento anual de mais de 7%, o que vemos é que tivemos uma aceleração no crescimento homólogo do emprego por vários meses seguidos, o que é uma notícia muito boa, mas essa tendência
possivelmente reverterá e se observará uma redução no aumento do número de filiados em relação ao ano anterior, pois ainda estamos comparando o número de filiados de janeiro de 2022 com relação a janeiro de 21, comparado a um momento em que a crise ainda afetava profundamente a economia e, portanto, o mercado de trabalho.

Ao longo de 2021, assistiu-se a uma recuperação progressiva em muitos dos setores do emprego, pelo que, nas comparações homólogas, à medida que 2022 se aprofunda, espera-se uma moderação do número positivo de filiados, que continuará a ser positivo se nada de extraordinário acontecer em nosso mercado de trabalho.

Por regimes de atividade, destaca-se uma diminuição geral do emprego, com exceção dos Trabalhadores por conta própria, que praticamente mantém o mesmo número de filiações de dezembro (total de 17.427 filiados, +7). Em termos percentuais, o Regime Especial do Mar é o que sofreu a maior redução, com -4,72%, seguido do Regime Agrário Especial e do Regime Geral, com -1,61%, -0,79%, respetivamente.

Em termos homólogos (em relação a janeiro de 2021), o Regime Agrário Especial é o que apresenta a maior queda, com -11,17% menos filiados do que há um ano (366 contra 412).

Quanto ao número de desempregados, ocorre um fato paradoxal, o desemprego em um mês de janeiro é caracterizado por aumentos muito significativos do desemprego, isso tem acontecido nos últimos 10 anos, e sem dúvida
Estamos diante do primeiro declínio de toda a série histórica. Esse decréscimo de 390 pessoas em relação a dezembro é muito positivo, pois sazonalmente é um mês em que devemos esperar aumentos significativos no desemprego, justamente o contrário do que temos tido. Este decréscimo de 3,46% face a dezembro, deixa-nos com um número de desempregados de 10.867, pela primeira vez abaixo do obtido em fevereiro de 20, um mês antes da declaração do estado de alarme (10.988 desempregados). E com um decréscimo muito notável no último ano de 24,74% (-3.572 desempregados face a janeiro de 2021).

Imagem: dados de desemprego

A composição dos desempregados por sexo está representada como tem acontecido nos últimos meses, onde o peso dos homens desempregados é de 41,82% (4.545), contra 58,18% das mulheres (6.322). O declínio de
desempregados no último mês foi de 4,78% para os homens (-228 homens), enquanto para as mulheres caiu 2,50% (-162 mulheres).

Da mesma forma, se compararmos com janeiro de 2021, essa queda homóloga foi mais acentuada no caso dos homens (-28,88% nos homens contra -21,45% nas mulheres).

Se analisarmos desemprego por setores produtivos, o setor da Construção diminuiu o número de candidatos a emprego em 8,45% (1.160 candidatos a emprego, -107 pessoas). Em termos relativos segue-se a Indústria e os Serviços com um decréscimo de 3,13% e 2,12% respetivamente (496 e 8.546 desempregados).

Se compararmos os números deste mês de janeiro com janeiro de 2020, as variações homólogas são mais favoráveis, já que estes 3.572 menos candidatos a emprego traduzem-se na maior queda de desempregados num ano da série
histórico (-24,74%). Assim, os setores de atividade com maior queda percentual de desempregados no último ano foram a Construção (-26,11% e menos 410 pessoas) e os Serviços (-24,02% e menos 2.702 pessoas).

Se detalharmos a análise por segmentos de atividade económica e focarmos nas atividades com maior peso na região, verificamos que a Hotelaria diminuiu menos 71 pessoas (-2,50%), o Comércio e Construção reduziram o número de desempregados em 14 pessoas (-0,77%) e 107 pessoas (-8,45%). Estas quedas tornam-se mais dinâmicas se compararmos com o mês de dezembro do ano passado, a Hotelaria diminuiu em 8,96% a procura de emprego, o Comércio -6,17% e a Construção -3,81%.

Ao calcular o taxa de desemprego, na Marina Alta, observa-se que esta praticamente permanece a mesma, diminui menos de meio ponto em relação a dezembro, atingindo uma taxa de desemprego estimada em 16,52%. Como análise global da crise, podemos destacar se nos compararmos com fevereiro de 2020, último mês antes do início da crise, que temos um aumento de adesão de 1.212 membros, temos mais emprego do que tínhamos em 2020, com a nuance das pessoas ainda abrangidas pela ERTE. Em relação ao desemprego, se nos compararmos com fevereiro de 20, há menos 121 desempregados.

Em matéria de noivado, verificamos que no mês de janeiro cresceu 6,65% em relação a dezembro. Foram celebrados 3.049 contratos, dos quais 71,04% temporários e 28,96% indefinidos, valor que aumenta face ao mês anterior no caso dos contratos por tempo indeterminado (+427) e diminui nos contratos temporários (-237). alta para um mês de janeiro, supera a do ano passado em 46,52% (+968).

Destaca-se o recorde de contratos por tempo indeterminado em um mês de janeiro, a assinatura de 883 contratos por tempo indeterminado neste mês representa o maior valor alcançado em um mês de janeiro da série histórica. Ainda é cedo para conhecer o impacto da reforma trabalhista e a aplicação dos novos modelos de limitação temporária, mas talvez com a mensagem de combate ao trabalho temporário que a nova reforma inclui, tenha servido para ter os primeiros efeitos no mercado de trabalho . Essa contratação por tempo indeterminado aumenta 124,68% em relação ao ano passado e no caso dos contratos temporários aumenta 28,32% em relação a janeiro de 2021.

As diferenças podem ser observadas na variação das contratações por gênero em relação ao mês anterior, assim a contratação de mulheres aumentou 3,22% em relação a dezembro/21 e 9,93% para os homens. O número de contratos assinados durante o mês de janeiro foi a favor dos homens em 52,64% e 47,36% para as mulheres. Além de destacar que em relação a janeiro/21, o crescimento das contratações foi praticamente igual entre homens e mulheres (+46,58% para homens e +46,45 para mulheres).

2 Comentários
  1. Não te importa diz:

    Essas estatísticas são como as ofertas da black friday que são dobradas dois dias antes e dizem que o preço caiu 50% 🤣

  2. Francisco diz:

    Para efetuar uma correta análise dos dados, deve especificar se consegue compreender claramente as pessoas que ainda se encontram em Erte, uma vez que estas contam como filiais e das incorporações em relação a janeiro de 2020, cuja parte corresponde ao emprego privado ( aquele que gera riqueza) e essa parte corresponde ao setor público (aquele que gasta a riqueza).

    Quanto à análise de setores, talvez uma menção ao ciclo econômico e à criação de empregos cíclicos não soasse muito, pois a exposição ao ciclo econômico (se tudo correr bem, todos ficam felizes, se a pobreza piorar) é esmagadora.

    E para acabar com uma média de 15% de desemprego (a olho) não acho que seja algo para comemorar, já que é um número de um país do terceiro mundo.


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