Os vizinhos do Pego uniram-se em torno da Plataforma de Ensino do Valenciano com o objetivo de defender a presença do valenciano nas salas de aula do município. Este movimento surge em resposta ao apelo à mobilização feito pela Escola Valenciana no âmbito da campanha 'Tria valencià' e é coordenado com o colectivo Famílies pel Valencià e a sua campanha 'Marca Sim a Valencià'. Com esta iniciativa pretende-se informar sobre a importância de votar “sim ao valenciano” na próxima consulta organizada pelo Departamento de Educação.
Como parte desta campanha, a Plataforma oferecerá uma palestra informativa na segunda-feira, 13 de janeiro, às 19h, na Biblioteca Carmen Alemany Bay. Este evento, convocado em coordenação com todas as Associações de Famílias Estudantis (AFAs) dos centros educativos do Pego, contará com a participação de membros da Plataforma, representantes das AFAs e Jaume Fullana, da Escola Valenciana. Além disso, haverá uma sessão de perguntas e respostas para sanar dúvidas sobre a consulta e suas possíveis repercussões na educação de meninos e meninas do município.
Em colaboração com a Rádio Pego, serão transmitidos anúncios explicando os motivos do voto “sim ao valenciano” na consulta. Da mesma forma, serão divulgados nas redes sociais vídeos com depoimentos de moradores do Pego que defendem a educação em valenciano. Segundo os especialistas, votar “sim ao valenciano” é a única forma de manter o modelo linguístico vigente em quase todos os centros educativos do Pego, um modelo que garante plena competência na língua materna.
A nível institucional, espera-se que o próximo Conselho Municipal de Escolas vote uma moção de rejeição da consulta promovida pelo governo Mazón. Da Plataforma de Ensino em Valenciano consideram que esta consulta “quebra o consenso social e académico mantido durante décadas em torno do ensino em valenciano e exige a sua retirada, juntamente com a lei que o suporta”. Segundo os ativistas do Pego, “esta lei visa apenas encurralar o valenciano na educação e não garante que meninos e meninas possam aprender corretamente as duas línguas oficiais do território”.