Francesc Estévez, diretor do OMA: "O 'Réquiem' de Mozart é um desafio emocionante que mereceu um lugar de destaque em nossa temporada." Francesc Estévez, diretor do OMA: "O 'Réquiem' de Mozart é um desafio emocionante que mereceu um lugar de destaque em nossa temporada."
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Francesc Estévez, diretor do OMA: "O 'Réquiem' de Mozart é um desafio emocionante que mereceu um lugar de destaque em nossa temporada."

Abril 10 da 2025 - 14: 43

Por ocasião do próximo concerto de Réquiem de Mozart, que será realizada no domingo, 13 de abril, no Auditório Beniarbeig, a Orquestra da Marina Alta publicou uma entrevista com Francesc Estévez, diretor da orquestra regional. Nesta entrevista, Estévez analisa sua carreira musical, compartilha seus motivos para escolher esta obra icônica e apresenta uma prévia de alguns dos projetos que moldarão o futuro da orquestra.

PERGUNTAR. Como você descobriu sua vocação para a regência?

RESPOSTA Não é possível dizer que houve um momento específico em que você decidiu se tornar um maestro de orquestra. No meu caso, foi uma evolução natural a partir do estudo do meu instrumento, o piano, que, pelas suas possibilidades e características, te leva para a orquestra.

P. Qual foi sua trajetória profissional até chegar à direção da Orquestra Marina Alta?

R. Depois de estudar regência e composição no Conservatório Real de Música de Madri, fiz cursos de verão na Escola de Música de Viena e na Bachakademie em Stuttgart. Minha estadia nos Estados Unidos no verão de 1998 foi crucial para a fundação da Marina Alta Orchestra, junto com amigos e grandes músicos que ainda hoje fazem parte da orquestra e com quem compartilho este emocionante projeto musical.

P. Por que você escolheu o Réquiem Mozart para o concerto de 13 de abril?

R. É a última obra inacabada de Mozart e uma das maiores obras da história da música. Não poderia faltar nesta primeira temporada do OMA dedicada a Mozart.

P. Como você descreveria o processo de preparação de uma obra tão emblemática como a Réquiem de Mozart?

R. Como não é uma obra concluída pelo próprio Mozart, ela apresenta mais dificuldades. Existem três versões finais quanto à instrumentação, e as decisões do diretor são fundamentais para definir como a obra é apresentada.

P. Como é trabalhar com solistas como Teresa Albero, Serena Pérez, Jesús Álvarez e Sebastià Peris, e com o Coro de Câmara de Valência?

R. Esta é a primeira vez que trabalhamos juntos com Serena Pérez. Teresa Albero já cantou conosco O amor do feiticeiro por Falla e em uma gala lírica. Jesús Álvarez é um colaborador regular, pois foi no ª 9 por Beethoven em novembro de 2023. Sebastià Peris é um amigo com quem compartilho o amor por Bach. Trabalhamos juntos em projetos como A Paixão de São João, Cantatas de Bach, as missa de coroação, a Paukenmesse de Haydn e estreou obras minhas como a cantata O Filho da Leiteira, o oratório Irmão Pedro Descalço, e em Lucerna e Genebra o ciclo lieder Riurau que viveu, com textos do nosso amigo Lluís Fornés.

P. Existe algum movimento do Réquiem que você acha particularmente comovente ou que você particularmente gosta de dirigir?

R. Sem dúvida, o Lacrimosa. É a última peça musical que Mozart escreveu, e ele só vai até o compasso 8.

P. Como você avalia a resposta do público de Marina Alta à música clássica e, em particular, à obra de Mozart?

R. Muito positivo. Nossa série de concertos de primavera e verão está totalmente estabelecida e programamos regularmente obras como Grande Partita, uma obra-prima com a qual encerraremos a temporada da orquestra no Auditório Beniarbeig.

P. Como você vê a evolução da Orquestra Marina Alta nos últimos anos?

R. Após interpretar o 2ª Sinfonia Mahler em fevereiro de 2024, a orquestra está em um de seus melhores momentos. Esta evolução nos encorajou a iniciar uma temporada estável de concertos no Auditório Beniarbeig, que esperamos consolidar nos próximos anos, graças à Prefeitura de Beniarbeig e ao apoio da Fundação. Dénia.

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