Suicídio: primeira causa de morte na adolescência Suicídio: primeira causa de morte na adolescência
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Suicídio: primeira causa de morte na adolescência

Junho 10 de 2024 - 16: 33

OPINIÃO | Luisina Daives – Psicóloga Amadem

Suicídio de adolescentes, a principal causa de morte em pessoas mais jovens. O que está acontecendo conosco? Como sociedade, como famílias, como profissionais de saúde, como seres humanos... a primeira coisa que temos que compreender é que nesta fase evolutiva há muita vulnerabilidade, fundamentalmente porque o cérebro do adolescente, a personalidade, está em desenvolvimento; e toda a influência, estímulos, mensagens, ambiente, modelos, modas, que recebem de fora, serão fundamentais na forma como se sentirão.

A nossa geração é uma geração com uma tolerância muito baixa à frustração, e como a função executiva, que está em
A área pré-frontal do cérebro, que ainda não está formada, será responsável pelo controle dos impulsos, pela resolução de problemas e pelas consequências das ações, além da memória, impulsividade, planejamento e controle emocional.
tempo. Então, nessas idades eles não têm aquela contenção e controle emocional para conseguir canalizar situações estressantes e encontrar uma solução para o problema.

Eles podem ter pensamentos como: “Eu gostaria de morrer”, e como seu cérebro também não está preparado, eles podem cometer um ato sem pensar nas consequências do que pode acontecer se o fizerem. E aqui aparece o uso excessivo das redes sociais, onde acedem a informações também de pessoas muito jovens, que podem estar mal emocionalmente, e claro, dar más ideias. Modelos ou influenciadores que determinam como o adolescente deve se vestir, ser, ter, etc., isso em uma vida tão jovem pode ser letal, se além disso aquele pequenino não tiver ferramentas internas de enfrentamento, tiver baixa autoestima, maus hábitos , más companhias, lares conflitantes, etc. Ou seja, a soma de diferentes fatores irá prejudicar a Saúde Mental.

Neste ponto, felizmente, a nova lei contempla todos estes aspectos, controlando idade de acesso, tempo de uso, detecção precoce de um vício, direito à privacidade, etc. O que está acontecendo é realmente alarmante e muita coisa poderia ser evitada se tomássemos consciência dos danos que causamos aos mais jovens quando NÃO estabelecemos limites.

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