Na última quinta-feira, o Conselho Escolar Municipal de Pedreguer aprovou por unanimidade o pedido à Secretaria de Educação, Cultura, Universidades e Ocupação para retirar o projeto de despacho que regulamenta a consulta para escolha da língua base de ensino a partir do ano letivo de 2025, conforme estabelecido pelo. Lei 2026/1 da Generalitat.
O Consell justificou esta decisão apontando os efeitos negativos que esta iniciativa poderia ter na coesão social e educativa da cidade. Além disso, destacou vários problemas associados tanto ao projecto como à própria Lei 1/2024, entre os quais se destacam:
- Promoção de divisões na comunidade educativa: Segundo o Consell, a educação deve ser um elemento de unidade social e não de polarização linguística.
- Violação dos direitos da família: O direito efetivo de escolha da língua base de ensino não é garantido em casos de insuficiência de vagas.
- Falta de proteção contra erros administrativos: As famílias ficam desacompanhadas em caso de incidentes durante o processo de admissão.
- Falta de um processo transparente e democrático: A falta de mecanismos de supervisão impede uma consulta pública fiável.
- Aumento das desigualdades linguísticas: O modelo proposto não garante o domínio equitativo das duas línguas co-oficiais.
- Problemas de planeamento educativo: A coexistência de várias linhas linguísticas pode afectar a inclusão e a diversidade nos grupos de estudantes.
Face a esta situação, o Conselho Municipal de Escola exigiu a revogação imediata do projeto de despacho e a revisão da Lei 1/2024. Da mesma forma, solicitou garantir a proteção do valenciano como língua própria e elemento essencial para a coesão educativa. Por fim, o Consell propõe o início de um verdadeiro processo participativo, com o envolvimento dos representantes educacionais do município, para melhorar a educação plurilíngue e garantir o direito à igualdade de educação.